quinta-feira, 6 de maio de 2010

Algumas coisas ficam as claras mesmo quando estamos de olhos vendados
São as verdades que não queremos entender
São os fatos que são difíceis de aceitar, que mais machucam ou fazem sofrer
E essas coisas em sua maioria não precisamos que ninguém nos conte, que ninguém veja
Que nenhum sujeito seja o interlocutor do que acontece
Isso a gente sente

É assim no fim
Quando não há mais esperança, quando tudo acaba
Quando o tempo se esgota e não há como voltar atrás
Você não tem mais armas, não existe mais luta
O campo de batalha está vazio, game over e você se lamenta por ter abandonado o jogo

A cabeça ainda está confusa, os pensamentos continuam desconectados
Você não sabe bem o que sente, o que fazer e nem o que pensar
E agora senta e chora ou recomeça?
Para, reflete e age, ou segue vivendo?
Caramba porque além de difícil é confuso?

E no momento onde a razão deveria predominar
Quando a realidade arromba a porta e se faz implacável
Nessa hora que inesplicávelmente a gente deixa a emoção tomar conta
E vagamos sem rumo, e tudo fica sem sentido
Se acabou, não seria mais fácil esquecer?
Se não há remédio ,não é mais simples partir para outra?

Pra que insistir? Releve e viva
Abstraia o fim, mude de jogo
O recomeço pode ser difícil, mas será que você nunca fez isso antes?
A gente pode sobreviver a uma derrota ,mas nunca a uma desistência.